segunda-feira, 16 de junho de 2014

Na minha gaveta...

Queria escrever-te uma carta, mas não sei bem como iria começar.
Talvez com um pequeno Olá, Sou eu a tua amiga. Bem, melhor seria começar com uma simples frase que eu sei que te enchia o olhar: Sabes (também) eu passo a vida a escuteirar
Quando te quero escrever tudo o que faço me parece ridículo, demasiado frio ou demasiado pessoal para ser partilhado através de um papel. Por isso, não te escrevo e deixo que o vento leve os meus pensamentos. 

Queria escrever-te uma carta, mas não sei bem com que tema. 
Talvez te perguntasse qual a tua música preferida, a cor que mais gotas ou o porquê de seres escuteiro?
Porém, quando te começo a escrever todas as perguntas me parecem estranhas e demasiado óbvias para serem feitas. Por isso, não te escrevo e deixo que as palavras as leve o vento.

Queria escrever-te uma carta, mas não sabia como a terminar.
Talvez um Adeus, um Até já ou uma Forte Canhota. Porém, tudo me iria parecer uma despedida prolongada e nada me deixaria ficar por aqui a sonhar. 

Queria escrever-te uma carta, mas não saberia para onde enviar.
Por isso, ponho-me a pensar e na minha gaveta as deixo ficar. 


(Fruto do pensamento e não do sentimento)
A. Rita Flores 

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