quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Ser Finalista

Parece estranho imaginar que falta cada vez menos tempo para que se dê por concluído um grande ciclo: o secundário. Termina também agora a fase à qual ainda chamamos de escolaridade obrigatória, não é que para mim isso fosse mudar o ir ou não para faculdade, porém a primária foi há anos atrás, o básico parece que foi ontem e hoje?

Hoje estou no 12º ano e já só penso se vou entrar no curso, se tenho média, que vestido vou levar ao baile, com que vou ao baile, e a viagem de finalistas? Não quero terminar esta fase sem ir a um festival de música ou sem fazer voluntariado no verão... Muitas são as preocupações que me surgem no dia a dia , umas mais importantes que outras de certo, contudo todas elas acabam por fazer parte de mim. 

Todos queremos alcançar algo, algo que para nós será o mais importante, ou pelo menos o que mais desejamos. Quero chegar ao fim e sair de mochila cheia. Cheia de conversas, de amigos novos, de listas para a associação de estudantes, de testes (uns bons e outros maus), de fotos, de risos, de lágrimas, de canções, de livros, de cultura e sobretudo, cheia de memórias, memórias estas que se um dia precisar possa vir e recordar com o maior dos sorrisos no rosto.

Não foi há muito tempo que li um texto de alguém que agora está na faculdade, alguém por quem sempre tive e tenho uma certa admiração. Não estava lá em todos os momentos, mas foi algo que me comoveu principalmente porque este ano será a minha, será a nossa vez.

Tenho muitos amigos que não da minha idade, uns já partiram, outras partirão depois de mim, todavia, não irei esquecer nenhum deles. 
Quero viver cada momento do presente a seu tempo, sem pressas, nem vontade de correr para ir buscar algo que é incerto. 
Quero crescer naquela que é a minha segunda casa: a minha escola.
Quero aproveitar cada segundo de diversão, cada risada, cada lágrima, cada queda e cada mensagem. 
Quero encontrar-me. 
Quero definir quem sou ou quem serei. 
Quero sair de mochila cheia, mas de "bolsos abertos para na vida encher de sonhos, esperanças e como isso aprender".
Quero ser finalista...

A. Rita Flores 

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Indiferença

Foi já há alguns dias atrás que assisti a uma palestra sobre Associativismo.
Nesta mesma palestra estavam presentes: representantes de diversos projetos, duas Associações de Estudantes de escolas secundárias de Coimbra, bem como uma Associação de Estudantes universitária.
Ambas as AE de escolas secundárias estavam muito bem representadas pelos respectivos presidentes, contudo aquilo que mais me indignou foi o discurso do presidente de uma associação de estudantes universitária.

No seu discurso falou da nossa falta de interesse, na maneira como desprezamos todas as mudanças que são feitas no ensino superior, sendo elas consideradas vantajosas ou prejudiciais para o mesmo, no modo como apenas damos importância a tudo o que é jogos de computador e redes sociais, e de um modo geral na INDIFERENÇA que os alunos de secundário têm para com a universidade. 
Porém, vocês questionam-se neste momento como eu me questionei, o que terão os alunos de secundário haver com os alunos universitários? E eu respondo: Têm tudo haver, são os futuros alunos da universidade! Todavia, como a própria palavra indica que somos os FUTUROS alunos e deste mesmo modo, estamos preocupados com a qualidade do ensino superior.

Contudo, temos o dever e o direito de aproveitar o momento presente, de tentar mudar aquilo que achamos não estar tão bem no ensino secundário, para que os futuros alunos venham a usufruir destas mesmas mudanças.
Queremos mudar o que está mal no ensino que frequentamos agora, queremos que os alunos do ensino superior lutem por eles, e por nós. 
Somos uma geração preocupada com o nosso futuro; queremos poder retribuir tudo aquilo que nos foi dado pelos nossos pais, afinal sempre nos deram mais do que alguma vez tiveram.
Quando nos caracterizam como jovens indiferentes devem relembrar-se que é dessa "indiferença" que surge a necessidade e o espírito de MUDANÇA

sábado, 1 de fevereiro de 2014

Quotidiano

Escrever sempre foi algo que fez parte de mim: fossem as minhas primeiras páginas de diário; as cartas ao pai natal; os bilhetes deixados em cima da mesinha de cabeceira da minha mãe quando lhe queria pedir desculpa, mas não tinha coragem; até aos pequenos grandes textos que agora escrevo para o meu blog. 

"Quotidiano" porque para mim escrever é uma necessidade diária e é muitas vezes através desta que encontro inspiração para novos projectos, alegria para algo que correu menos bem, ou um breve intervalo nas horas afim que passamos a estudar. 
Nem todos temos de ter o dom para a escrita, uns desenham, outros cantam, uns aplicam-se na área da saúde, das engenharias ou quem sabe da arqueologia. Cada um tem o seu talento e é nesse talento que devemos investir, devendo sempre tentar fazer do nosso quotidiano um dia a dia mais feliz, para nós e para os outros. 
Para mim é a escrita, e para ti? 

Foi segundo este ideal que numa passada terça feira me foi apresentado, na escola, o projecto TRANFORMERS.
Neste projecto o principal objectivo é através dos nossos talentos, das nossas capacidades intervir de modo positivo nas nossas comunidades, fazer a diferença! 
Na prática, este projecto dá-nos a oportunidade de durante nove meses aprender um actividade à nossa escolha, através do voluntariado de mentores que nos vão ensinar um pouco mais sobre a mesma. 
Passados esses nove meses, cada um de nós é desafiado a utilizar, da forma mais criativa e solidária, aquilo que aprendeu, junto da sua comunidade, fazendo deste modo, e recorrendo a palavras do próprio projecto, um "payback" de tudo aquilo que nos deram a nós. 
Sendo assim, porque também tu não te tornas um transformer? Encontra a tua arte!

A.Rita Flores