domingo, 10 de janeiro de 2016

Custo de oportunidade

Querido Diário...

Esta noite escrevo-te porque se passa isso mesmo, chegou a noite.
Sabes aquele momento em que paras para pensar em tudo aquilo que fizeste no teu dia ou no fim de semana e a única coisa que respondes é "Estudei"?
Sabes esse momento em que queres escrever, mas tens de ficar pelas leituras? Leituras sobre Democracia e sobre a personalização de um político. Sobre a elasticidade da oferta ou simplesmente tentar perceber o porquê de existirem falácias em economia, quando pensavas que tinhas deixado isso no secundário, na disciplina de filosofia.
Sabes, na verdade, nem sei bem porque te escrevo como se fosses um amigo ou um companheiro de cabeceira afinal és como um mercado monopolístico. Apenas eu te controlo, estabeleço quando escrevo e barro naturalmente a entrada a qualquer outra pessoa que te queira ler.
Mas a realidade é que o meu quarto é como um mercado de concorrência imperfeita. Para além de teoricamente se dizer que as empresas não dão importância às decisões tomadas pelas outras empresas, nada lhes escapa, apenas são mais espertas e utilizam meios mais baratos de estar atentas. Tal como num quarto. Nada escondes, ou talvez escondes mas não o dizes (daí ser escondido), mas também não queres que te entrem assim no quarto a gritar "Rita! Vai dar um filme brutal ou está a dar um documentário sobre a cidade do Porto!". (Não sei bem porquê, mas parece que agora cada vez que vejo ou leio algo sobre esta nova cidade dou por mim a sorrir).
Prosseguindo... na verdade é interessante estudar economia pelo simples facto de nada fazer sentido e de tudo fazer sentido.
Dou por mim a pagar, ou melhor, dou pelos meus pais a pagarem propinas para depois aprender a ser autodidacta.
Sim, um aluno deve aprender a procurar e a oferecer. E sim, tudo como nos mercados: quanto maior o preço, menor a quantidade procurada. Afinal se não encontramos logo aquilo que procuramos simplesmente escolhemos outro produto, ou melhor outra matéria ou outro livro para ler. Ainda mais acontece se existir um substituto próximo e com um "preço" bem mais acessível.
Com bens complementares é que um estudante sai satisfeito. Tal como num bitoque o bom é comer o arroz com as batatas fritas, se o aluno tivesse tempo para ler todas as obras indicadas ou que lhe despertam mais interesse, também a utilidade e satisfação que elas teriam seria maiores.
Porém o tempo é como o capital (ou o rendimento), parece que não estica. Não é de todo elástico, mas essa teoria fica para mais tarde.
Querido Diário, não sei bem como te explicar, mas como estudante da Universidade sinto que isto do Custo de oportunidade faz todo o seu sentido. Aquela ideia de que ao haver uma escolha há outras que são desperdiçadas. Então pronto, parece que agora vou ter de "deixar de lado" o telemóvel, as viagens e a guitarra, para que a longo prazo estes custos não sejam fixos, mas sim variáveis, para que os possa trocar por bens ou serviços que despertam em mim maior bem estar.

(Obrigada Microeconomia pela lição)
Até já,



sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

12 passas, 12 desejos

Um novo ano, novas ideias, há tanto que quero viver. Mas para tudo começar eu vou ter de arrancar.
Não chega de planos, nem sonhos.
Não chega de lutas ou desafios.
Não chega de esperar, nem que querer sempre mais.
Os meus 12 desejos? Ainda não pensei bem neles, mas todos os anos os escrevo e todos os anos vejo quantos deles ficaram por realizar.
Paris? Nop ainda está na lista.
Aprender, ou melhor, dedicar mais tempo à cozinha? Depende dos dias e da vontade.
E quantos mais se foram acumulando...
Mas como eles dizem "mudam-se os tempos, mudam-se as vontade", assim também os sonhos das 12 passas se vão alterando.
O que é verdadeiro permanece;
Por aquilo e por quem lutamos faz-nos crescer;
Os desafios? venham eles!
Desejo que seja um ano de viagens, de reconhecimento, de enriquecimento, de cultura, de viagens (sim repito para ter a certeza que não me esquecerei daquilo que vais gosto de fazer: conhecer pessoas, locais, edifícios, lagos, jardins... e escrever sobre eles).
Que seja um ano repleto de abraços reconfortantes e bem fortes, porque sejam eles quantos forem os dias de espera valerão sempre a pena, afinal de que serviria a alma se fosse pequena?