domingo, 31 de maio de 2015

E o "para sempre" existe mesmo?

É tão estranho pensar numa história e como ela cresceu.
Olhar para fotografias, relembrar os momentos e as memorias que elas representam, os sonhos que tinham. Reparar bem no modo como os seus olhos apaixonados se tocavam e pensavam no que seriam daí a dez anos. Juntos? Separados pela distância, mas sempre perto do coração? Quem poderia responder a essas questões se não apenas o tempo? Quem poderia garantir que o “juntos para sempre” existia mesmo e não passava de mais uma das frases bonitas escritas nos contos de fadas.

A história deles será que a previam? Certamente que ideia de futuro esteve sempre presente, mas será que era assim tão forte? Tinham assim tanta certeza? Como é que tão jovens encontraram o amor? São tantas as perguntas que surgem quando penso nas pequenas histórias que partilham comigo. Só duas pessoas tão verdadeiras e genuínas podem viver as coisas de uma maneira tão intensa e duradoura, podem pensar que ele tem as suas coisas, ela tem as dela e juntos têm as deles.

Por isso é que não são apenas fotografias, não são simplesmente folhas de papel impressas e colocadas numa moldura para que, quando alguém olhe para ela pense no que representa e no que transmite. Um beijo numa foto o que poderá dizer? Amor? Amizade? Intimidade ? Eternidade? Será o momento tão duradouro com a fotografia ? O tempo dá-lhe outra cor, mostra a passagem, os sorrisos agora marcados pelo caminho, as primeiras rugas no canto do olho, o primeiro daquele que será o seu percurso de vida.

As fotografias contam-nos mais do que histórias, mais do que momentos. Apresentam-nos mais do que um pai, uma mãe, um amiga ou um desconhecido. As fotografias são apenas lidas por quem lá está, reflectidas por quem as histórias, que elas contam, ouve e imaginadas por quem as observa.
As fotografias são o melhor presente que podes receber, porquê? Porque aí sim podes acreditar que o “para sempre” existe mesmo