quinta-feira, 26 de junho de 2014

Uma gota

Passamos o dia-a-dia a correr, não olhamos em nosso redor, não damos contas das mudanças ou do novo corte de cabelo da nossa vizinha da frente.  
Passamos o tempo a lamentar-nos sobre aquilo que nos corre de mal sem nos lembrarmos de aproveitar as coisas felizes e os momentos em que estamos com quem é importante para nós.  

Passamos demasiado tempo agarrado às novas redes sociais: o facebook como modo de partilha, o twitter com desabafo, o snapchat quando de mais nada nos recordamos e no instagram pelo gosto de recordar fotograficamente os momentos que vivemos. Deveríamos viver mais na prática do que no virtual... Não se criam histórias de uma vida pela internet, não são feitas grandes lutas ou grandes conquistas pela internet, muito menos criamos melhores amigos através dela. 

Vive a tua própria história, não a sonhes virtualmente.
Que histórias contarás aos teus netos sobre as aventuras que tinhas quando decidias ir tirar laranjas ao quinta do vizinho?  
Que histórias irás contar um dia, quando fores convidado a partilhar um momento em que te sentiste totalmente livre?  

Por mais estranho que vos possa parecer apenas agora compreendo o verdadeiro sentido do "não só do pão vive o Homem". Não é apenas do modo como vivemos as coisas, ao mesmo das coisas que vivemos, é importante crescer com elas, tomar delas o que melhor nos completa (nos alimenta). Nem tudo serão experiências positivas ou enriquecedoras, é certo, porém crescemos mais quando delas aprendemos a tirar bem o sumo, mesmo que só numa gota resulte.  

Não quero dar nenhuma lição de vida porque também eu gasto o meu tempo nas novas tecnologias, afinal também eu sou fruto da sociedade e apenas temos de aprender a moldar-nos, a ser nós próprios mesmo nos momentos em que nos sentimentos mais em baixo.

Inspirada por muitos, mas neste texto em alguém em particular, quero deixar uma marca no mundo, quero descobrir a missão me foi confiada. Desse mesmo modo, tomo a liberdade de terminar por hoje com uma frase, que não minha, mas de alguém que já deixou uma pequena grande marca em mim muitas vezes com simples palavras.  "E tu, que vais fazer com a tua história?".

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