segunda-feira, 15 de junho de 2015

Será mesmo este o preço a pagar?

Hoje sinto-me revoltada e porquê? Muito simples. Não, não é por estar a perder os ricos dias de sol sem poder estar numa praia ou numa piscina. Hoje estou revoltada porque pleno século XXI parece, que a mulher, ainda não pode andar na rua.
É verdade que todas as mulheres gostam de receber um elogio ou um sorriso mais atento de alguém, mais ainda se for de alguém do sexo oposto. Contudo, não é de todo agradável ouvir piropos desadequados ou mal intencionados.

Muito sinceramente eu não quero saber se estás solteiro ou comprometido, se tens interesses mais físicos ou menos físicos em mim.
Muito sinceramente não preciso que me digas se tenho umas pernocas jeitosas ou um rabinho interessante.
Muito sinceramente, quando fazes esse tipo de comentários não revelas mais do que infantilidade perante o grupo de amigos que vai contigo no carro, não revelas mais do que um desinteresse pela mulher na verdadeira acepção da palavras. Muito sinceramente, essas coisas, dizem-se no silêncio, ao ouvido dela, como se de um suspiro de amor se tratasse.

Falamos tão abertamente nas redes sociais, falamos tão incessantemente do direito à liberdade de expressão e do quanto nos sentimos impugnados quando alguém condiciona o exercício da mesma. Então e o direito ao respeito? Os direitos da mulher?
Lutou-se pela liberdade e a todas agradeço por isso, mas não basta termos direitos no papel se não há quem os cumpra. Tudo bem que muitas vezes exigimos ser tratadas como igual quando por igual não tratamos os homens, mas calma isso seria pano para mangas.

Meus caros senhores, a mulher, tal como o homem, é um ser humano que tem qualidades e defeitos. A mulher, tal como o homem, tem dias em que acorda com o cabelo quase vindo do cabeleireiro e outros que parece não ter sequer uma escova de cabelo em casa.
A mulher, tal como o homem, tem direitos e deveres aos quais deve o seu maior respeito e cumprimento.
A mulher, tal como o homem gosta de receber elogios e de ser criticada.
A mulher, tal como o homem, gosta de ser conquistada e respeitada. Gosta sobretudo de sorrir e deitar umas belas gargalhadas cá para fora. Não precisa que lhe gritem, nem precisa que a ignorem, precisa sobretudo de saber viver na sua liberdade.
Conquistamos a liberdade, mas será mesmo este o preço a pagar?

Rita Flores


2 comentários:

  1. É triste que isto aconteça :(
    Gostei especialmente da dica "Muito sinceramente, essas coisas, dizem-se no silêncio, ao ouvido dela, como se de um suspiro de amor se tratasse.".
    Continua assim, estás a fazer um ótimo trabalho com o blog.
    Beijinhos

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  2. Parabéns pelo texto!!

    http://atualidadesbyclaudia.blogspot.pt/

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