segunda-feira, 17 de julho de 2017

Meu amor a 203 km de distância

Exma Cidade dos Estudantes,


"No largo da graça", rua onde eu não vivo, "já nasceu o dia". "Ouço (sempre) um passarinho", mas não dá tempo de lhe roubar a melodia. O trânsito passa e sem dar por mim já entrei no metro.
"Junto ao miradouro", que ainda vou descobrir onde ficam todos, "pombos e estrangeiros", esses sim, "vão a cirandar como fazem o dia inteiro", mas eu prossigo o meu caminho, saio na próxima paragem. Não é pequeno e também não é cidade, é Campo Grande. O edifício, embora verde, por dentro Flores, de nome, devo ser a única, mas Pereiras, acho que há uma, encontrei-a no outro dia na rede interna da empresa.
"Barcos e gaivotas do Tejo" são os sonhos que os viajantes trazem consigo, aqueles que chegam nos aviões que da janela da sala da administração já pude observar.
"Vejam o que eu vejo, é o sol que vai brilhar", o meu horário de trabalho está mesmo quase a começar.
"Fiz um rol de planos" para a semana que vai já na terceira, no sábado até fui "pintar as unhas", mas "tranças no cabelo" essas só são permitidas nas sextas-feiras, dia em que o vestuário sai do formal para o casual. Trocam-se as blusas e os salto pelas calças de ganga e as sabrinas.
Ontem não fui "celebrar ao bairro alto", mas a Mouraria estava na linha dos meus olhos, algures no topo de um hotel de luxo da cidade que circula em mais uma edição da revista Monocle.
A "madrugada", essa, foi às voltas na cama com os novos elásticos do aparelho, a minha dentista chama-lhe um gato verde, como a cor do estádio por onde passo. Já cheguei a Alvalade.
Entre conversas e silênciosos sorriso trocados ainda não me consegui apaixonar pela nossa capital, mas na sexta-feira, "meu amor de longe", volto (só) para te ver.

Saudações académicas,

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