terça-feira, 6 de janeiro de 2015

"Anda, faz uma pausa..."

Início de mais um ano, doze passas, doze desejos. Os meus? Ficaram todos eles por pedir. Porquê? Talvez porque não me sentei a pensar bem no que gostaria de pedir, ou simplesmente por querer que este novo ano fosse diferente (ou que continuasse a ter "aquele sorriso estranho"). 

Nova fase. Caloira daquele que foi um dos doze desejos de há muitos anos atrás. Aquilo que tenho vindo a aprender com ele, não foi totalmente fruto do que sentada nos frios auditórios da Faculdade de Letras, ouvi e me deixaram (mais) pensativa. Talvez uns dias mais acordada, outros mais sonolenta (mas nunca dormindo garanto), fizeram-me reflectir apenas na verdadeira essência do que será um jornalista, como também na quantidade de matéria que iria sair no exame final daquela cadeira. A permanente frase do "será isto matéria? será isto apenas para nos deixar pensar?", ora pois bem, feita a leitura dos sumários daquela que será a matéria avaliada concluo que: naquelas salas, onde se respira tradição, onde se lêem frases e se ouvem passos a criar o novo conceito de hora académica, tomamos consciência de que acima de tudo estamos na faculdade para crescer, para nos tornarmos cidadãos melhores e mais completemos, para formarmos carácter e, muitíssimo importante nos dias de hoje, fortalecer o nosso espírito crítico. 

Quem precisa de ter consigo um brilhante cozinheiro, que saiu da sua escola de formação com uma belíssima média, se não sabe fazer a bela da simples omelete? Ora pois bem, obtemos a mesma resposta quando nos questionamos sobre o porquê de tanta importância dada à teoria nas nossas presentes áreas de estudo. 

Chegada a janeiro… Quem diria que já terminou um semestre de aulas, quem diria que Coimbra tinha um pulsar tão grande como aquele que se sente diariamente em cada estudante. Certamente, neste mês, que tanto estudo se faz sentir, damos sentido às originais palavras que descrevem a nossa cidade: a cidade dos estudantes. Contudo, do que é feita a vida de um estudante se não de aprendizagem? Ora pois bem, parece mais uma daquelas frases que, de vez em quando, vamos dizendo aos nossos pais, uns mais longe e outro mais perto, sobre o quanto a faculdade é uma verdadeira escola de vida. Não nego o meu total acordo com a mesma, mas do que é feito do sentimento de revolta estudantil? Do que é feita a necessidade, quase constante de escrita? De que é feito dos estudantes, que tão representativos da cidade de Coimbra, eram cidadãos tão ativos politicamente? De que é feito tudo isto, se nem nas votações para a sua própria associação estes participam na sua totalidade? Ora pois bem, se queremos ser os melhores naquela que é a nossa área de estudo, não esqueçamos da importância que atualmente o conceito de número tomou, mas também nos façamos lembrar que é preciso saber ser os futuros responsáveis pelo nosso Portugal.

Fruto de um pequeno semestre, talvez já sentido demasiado daquela que considero ser a minha cidade. Olho pela janela do meu quarto, vendo as luzes ligadas, as persianas fechadas e os carros que ainda vagueiam pelas estradas e relembro-me do quanto é essencial saber viver, saber jogar e saber perder, saber competir e saber dar o braço a torcer… ora aqui está, momentos de pausa, são os que nos aquecem e nos ensinam a (querer) saber.

Sem comentários:

Enviar um comentário