terça-feira, 20 de maio de 2014

Escolhas e Limites

É mesmo estranho como as perguntas que vamos fazendo mudam dia a dia. Passamos do "O que queres ser quando fores grande?" para o "Que curso gostarias de candidatar?". 
Certamente, que os pequenos grandes leitores assíduos do blog já sentem cansados por me "ver" escrever tanto sobre a faculdade, o curso, a cidade... as escolhas. Porém, se ainda não passaram por lá tenho a certeza de que também se irão questionar tanto ou mais que eu, mas se já passaram por essa fase ver-me-ão como uma contadora de sonhos desta geração.  

Dei por mim a questionar alguns amigos sobre as suas decisões, talvez pela minha característica natural do gosto pela interrogação, ou meramente para descontrair um pouco dos estudos para os exames finais. 
Numa dessas perguntas que fiz acabei por ter uma excelente conversa que realmente me fez pensar e me levou a escrever.  

Ir para uma cidade diferente, sair do conforto da nossa casa, mudar de rotina, manter os verdadeiros amigos e criar novos laços. Viver novas experiências, cometer algumas loucuras, amar e ser amada, estudar... isso tem o seu tempo e nada é relativo.

É bem verdade que o escutismo, a natação, o futebol, os grupos de jovens, a arte... as actividades que nos fazem crescer interiormente, não nos "põem o pão na mesa". Contudo, será que não são essas as grandes responsáveis pelo sorriso de partilhamos? Não serão elas que nos fazem pensar, seguir os nossos sonhos, ambicionar cada vez mais e tornar-mo-nos pessoas melhor? Não procuramos nós portas para abrir e através delas encontramos caminhos pronto a ser trilhados?  

O usar meia branca não tem de significar mantê-la limpa e branquinha até ao fim do dia, muito pelo contrário. Mais felizes são eles que se divertem a deixá-la bem suja num dia de chuva para mostrar aos "crescidos" que grandes, são os pequenos momentos. 
O usar meia azul não tem de significar esconder aquilo que menos gostamos em nós, muito pelo contrário. Mais felizes são aqueles que se divertem a usar cores no cimo delas para que a cada dia mostrem aos "crescidos" que grandes, torna-mo-nos quando aprendemos com os nossos erros.

Fazer escolhas é como resolver limites a matemática.  Não são os mais fáceis que nos desafiam, mas sim aqueles que resultam numa indeterminação.
Nem sempre gostamos, é verdade, mas temos um objectivo.  
Nem sempre temos certezas, mas queremos atingi-lo.  
Nem sempre conseguimos, mas sempre tentaremos.  

Obrigada Matemática...

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